27 julho, 2006

 

Avaliação e financiamento: questões debatidas na abertura da conferência



Aconteceu no final da tarde de ontem, no Palácio do Planalto (Brasília), a abertura oficial da Conferencia Regional das Américas, que contou com a presença de autoridades brasileiras e estrangeiras, entre elas a Ministra Matilde Ribeiro (SEPPIR), Doudou Diène, relator especial da ONU sobre as formas contemporâneas de racismo, Maria Francisca Ize Maria, representante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, Epsy Campbel, deputada da Costa Rica e representante do comitê internacional da conferência, Edna Roland, do grupo de especialistas da ONU, Marcos Terena, líder indígena, o embaixador Antônio Patriota, representando o Ministro das Relações Exteriores Celso Amorin, que foi recepcionar um grupo de brasieliros vindos da zona de conflito no Libano e o chefe da delegação do Chile, embaixador Juan Martabit.
As falas de todos os participantes trouxeram à tona a necessidade de avaliar o processo de construção e promoção da igualdade racial que está em curso nas Américas e buscar o compromisso e a vontade política dos estados, nações e governos para que essas políticas, programas e ações tenham o financiamento adequado para sua execução.
A cerimônia foi inaugurada com duas saudações religiosas, uma indígena e outra de matriz africana e as discussões foram intercaladas com lançamento de publicações e apresentações culturais. Entre o público presente (cerca de 300 pessoas) estavam militantes do movimento negro, indígena, de mulheres e de juventude, especialistas e estudiosos em relações raciais, parlamentares, gestores públicos e artistas.

Frases:

“As políticas públicas contra o racismo contribuem com a paz, o desenvolvimento e a governabilidade”. Epsy Campbell

“Nós não queremos intermediários na relação com o governo. Já pensou se um índio assume a FUNAI?”, Marcos Terena.

“Precisamos desagregar os dados e construir um índice de desenvolvimento das desigualdades raciais, assim como o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD”, Edna Roland.

“Nada se resolve no futuro se não tivermos plena consciência do que originou o que estamos vivenciando hoje.... Nós recusamos a herança histórica do racismo”, Doudou Diène
"Não podemos cruzar os braços diante de desigualdades históricas, portanto vale a pena sim investir em ações afirmativas, vale a pena sim investir na somatória de cotas sociais e raciais", Ministra Matilde Ribeiro.





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